quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A menina Antonia

Eu sou uma menina de dez anos e estou aqui para dizer que te vejo ai clicando e fico interessada com o que você faz. Posso dizer algumas coisas pra vc? Eu me chamo Antonia. Eu vejo você escrevendo muita coisa e acho que isso que você escreve pode ajudar. Aqui as pessoas sentem saudades, querem voltar a dizer tantas coisas que não podem mais e ficou muita coisa pra dizer, entende?
Eu vivi há muito tempo atrás quando tudo era bem diferente, estas coisas não existiam, acho muito interessante. Fico ao seu lado pra aprender. Um beijo pra você. Antonia.
Os instrumentos não nascem prontos eles são restaurados e polidos, assim são as circunstâncias dificeis pelas quais passamos, elas nos lapidam.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Miséria Moral Humana

Hoje mais uma vez venho pedir pelos que se importam com os outros. Aqui não somos nada, vivemos de uma forma estranha. As pessoas não nos vêem e passam pela gente. Como é ruim viver uma vida sem sentido e deixado caído. Quantas pessoas passaram por mim e viraram seus rostos. É, é realmente ruim olhar o que é feio, todos querem somente ver o que é belo e o feio desagrada. Estive em condições de muita penúria, doente, cansado e sem um local para reclinar a cabeça. Todos tem medo, que medo é este que nos afasta e diz um não querendo sempre se livrar do incômodo. Cheguei a apanhar algumas vezes, vocês não tem idéia do que é passar uma vida perdida e buscando sei lá o que. Não sei quantas vezes fiquei jogado, bêbado, com fome e o tempo não passa. Que mundo é este? Vocês tem medo, medo de mim ou de vocês próprios que não tem coragem de ser mais humanos e solidários? Eu já não estou aqui mais vivendo tudo isso, mas me atormenta cada um dos que vejo que ainda estão nestas condições. Que que é isso, vocês se acham bons e permitem estas e tantas atrocidades. Porque ainda é necessário que tantos vivam nesta miséria moral e física, para que suas consciências mostrem que todos devem viver plenamente. Pensem nisto, de alguém que viveu desta forma e ainda não entende a miséria moral humana.
Obrigado.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Para minha filha

Entre tantas coisas que ja vi neste mundo uma me chamou muito a atenção. Eu estava sentado em um local a espera de alguem. Neste dia senti algo me dizendo que o que ia acontecer comigo seria um sinal. Não sabia ao certo o que era, somente que alguma coisa naquele dia estava diferente. Eu olhava as pessoas que iam e vinham dos seus afazeres como que tentando entender o que me provocava aquela sensação. Era como se eu estivesse em outro lugar. O tempo foi passando e o dia foi terminando, mas ainda restava a sensação... Voltei para casa e quando cheguei me deparei com uma pessoa que não via a muito tempo. Ela estava me esperando e não me contive quando lhe vi. Seus olhos se encheram de lagrimas e pude ver aí o quanto eu sentia a sua falta. Ela veio ao meu encontro e me pediu perdão. Estava ali um pai recebendo de volta aquela que ele embalara nos braços, que a vira pequena correndo de um lado para o outro, às vezes dizendo baixinho "Papai". Eu nem acreditava que isso estivesse acontecendo, pois há tempos eu não a via. Nós tivemos uma discussão muito forte e ela já com seus vinte e cinco anos não aceitou meus conselhos e resolveu partir. Como um pai que vê ser arrancado dele uma parte, assim aconteceu comigo. Ela se foi e não soube noticias dela até aquele dia. Imagine pra um homem de seus sessenta e cinco anos, já cansado e sem esperanças, de repente ver na sua porta, a sua frente aquilo que ele deixou ir. Não me contive e chorei também, ela estava tão triste e abatida, já não era mais a mesma menina. E eu também não era mais o mesmo pai. Reconheci naquele momento que eu não era mais o mesmo pai. Eu havia me transformado e as feridas que pensei cicatrizadas ainda estavam lá abertas cheias de dor. Me vi sem condições para falar e somente retribui ao abraço querendo segurá-la para sempre perto de mim. Ela se disse arrependida de suas atitudes e que queria recomeçar ao nosso lado. Reconheceu que perdeu tempo e os erros não valeram a pena. A distância havia lhe ensinado o quanto faz falta aqueles que realmente te amam. Eu ouvia tudo atentamente e só via nos seus olhos o que perdi. Nós refizemos nossos laços e eu a acolhi perto de mim. Recebi de volta a filha tanto amada e eu encontrei também aquilo que eu estava esperando. A minha alegria de volta. Agora sou um pai de verdade, não me falta o amor que eu havia perdido. Eu a tenho como a filha que Deus me deu e recebo até hoje dela o amor. Digo isto tudo para que tantos pais que têm seus filhos, os acolham sempre, sempre. Não deixem eles escaparem dos seus braços. Aperte-os firmes e os enlaçem com seu amor. O amor ensina mais do que mil palavras... E a espera pelo retorno é tão longa que os nossos pedaços vão sendo quebrados e espalhados pelo tempo. Não deixem seu orgulho e a falsa autoridade de pai deixá-los perder aqueles que voces amam. Se minha filha não me procurasse eu jamais a veria de novo. Eu me transformei e descobri o verdadeiro amor de pai quando a perdi. Lutem por seus filhos, compreendam suas atitudes e mais do que isso os perdoem sempre...
Que o amor de pais sejam maiores do que seu amor próprio.
De um pai que viveu esta triste condição e ainda a revive no seu passado. Aprendam com minha experiência que não vale a pena viver longe daqueles que voce ama.
Um grande abraço fraternal e obrigado Rosana.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

A Alegria

Como há algo que contagia a nossa vida. Rostos felizes e palavras cheias de amor. O amor nos enche deste sentimento chamado alegria. A cada um é dado a oportunidade de reconhecer o melhor no outro e quando nos deparamos com pessoas alegres isto nos inunda de tal forma que ja não somos mais os mesmos. Nasce sempre um sorriso. Oxalá todos pudessem exibir um semblante alegre. Quantos rostos tristes desapareceriam... Quantas vidas seriam inundadas de força, de fé. A nossa existência neste plano deve ser continuamente numa disposição repleta de alegria. Por maiores que sejam os revezes da vida, se as dificuldades vierem a ser uma barreira para a alegria, então quebre-as. Desfaça de todo e qualquer sentimento que lhe impeça de exibir alegria. As pessoas necessitam deste ar alegre, pois a alegria contagia. E a paz e o equilibrio caminham juntos com a alegria. Tudo é mais fácil quando o ser humano a descobre e a leva aos outros. Aegria, alegria.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Secretário pede que pobres da Índia comam ratos para economizar grãos

Armarnath Tewary

13/08/2008 - 11h41

Da BBC News em Patna
Uma autoridade indiana quer incentivar os pobres do Estado de Bihar a comer carne de rato como forma de combater a crise dos alimentos na região.

O secretário do Departamento Estadual do Bem-Estar Social, Vijay Prakash, disse que a proposta é fundamentada em "muita pesquisa e trabalho de campo".


Você comeria ratos para economizar comida?
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Alta nos preços dos alimentos gera aumento da pobreza, diz BID

"Há duas vantagens nesta proposta. Primeiro, podemos salvar pelo menos metade dos nossos estoques de grãos e, em segundo, podemos melhorar as condições econômicas da comunidade de Musahar", disse ele à BBC.

A comunidade de Musahar é considerada a casta mais pobre do Estado e, segundo o secretário, já tem por tradição cozinhar pratos à base de carne de rato.

De acordo com Prakash, cerca de 50% do total da produção de grãos é devastada pelos roedores.

Nutrientes
Ele argumenta que ao estimular o consumo de ratos uma quantidade maior de grãos será preservada o que possibilitará um melhor combate da fome entre os moradores da comunidade.

O secretário afirmou que a carne do roedor, além de muito delicada, é rica em proteínas e muito popular "na Tailândia e na França".

"Ratos quase não têm ossos e são ricos em nutrientes", disse ele.

O secretário disse ter receitas para pratos à base de rato e vai distribui-las entre os hotéis de Bihar.

Ele ainda disse que quer incentivar a produção de ratos para o abate da mesma forma como é feito com aves.

Esta não é a primeira vez que o secretário propõe "idéias inovadoras". Ele já propôs a contratação de eunucos para fazer a segurança de maternidades e diz que a próxima iniciativa da secretaria é estimular a caça a cobras.

"Eu quero popularizar a caça às cobras por causa do valor econômico de seus venenos", disse ele.

Aos jovens

Nas muitas oportunidades que temos buscamos sempre o caminho errado. Quantas vezes nos sentimos solitários e deixamos de lado aqueles que poderiam nos ensinar. O mundo nos acolhe quando pequenos e nos deixam a mercê de tudo. Vejam o que acontece quando nos vemos perdidos e buscamos as drogas, o álcool, o cigarro e tantas outras formas de nos perder de nós mesmos. Os jovens se encontram em um oceano de dúvidas, incertezas e sem respostas para dar a eles mesmos. O que a humanidade mostra para que eles encontrem seu verdadeiro eu? Quem são seus heróis? A quem eles vão seguir? Há uma intensa busca de algo que nem mesmo eles sabem o que é. A música? Sim a forma de responder às vezes acaba sendo expressa na linguagem musical, nos gritos lancinantes, e nas grandes orgias. O jovem quer se libertar, mas está preso a ele mesmo, porque não se conhece, porque não encontra a verdade ou talvez esta o assuste tanto que ele foge. E a fuga é triste, é solitária, cheia de medos, de incompreensões. A sociedade, a família nos quer (jovens) moldados e capazes de viver como eles querem, de acordo com as suas leis. Mas o jovem quer ser ele mesmo. E é aí que ele morre. O jovem morre ou porque se perdeu nesta busca, ou se encontrou não o deixaram ser ele, ou então porque se assustou tanto que fugiu. A fuga o levou a tudo que a sociedade tanto recrimina. E o jovem morre, morre pra si e para os outros.
Já fui um jovem e vivi desta forma sem encontrar o caminho para mim mesmo. Levanto esta questão para os jovens que lerem esta mensagem possam lutar diferente e encontrar o que não consegui e peço aos que tem mais condições que os ajudem para não perdermos tantos como tem acontecido.
Aurélio Roberto - 25 anos

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Reflexões sobre a compreensão

Parece inacreditável ver como tantos homens e mulheres se detém em questões tão pequenas com tão pouco significado. Muito disto vem da falta de sensibilidade para com o outro. Se olhar no espelho e ver sua imagem refletida, ela pode mostrar o que nem sempre deixamos transparecer num momento de raiva, de intransigência. Imagine-se carrancudo, olhar agressivo, face desfigurada, isto é em que nos transformamos quando falta tão pouco. Um pouco chamado compreensão. Não é dificil e até mesmo é possível treinar os gestos delicados, expressões gentis, um sorriso que quebra qualquer muralha e daí vem naturalmente a compreensão. Passos tão simples que qualquer um pode e deve fazer. Nosso tempo é tão breve em uma existência tão curta e não aproveitamos o essencial das coisas. Há tanto prá sentir, ver, tocar e dizer...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Ser ou não ser

Pode ser que no mais profundo de cada um exista algo que muitas vezes ninguem percebe, mas grita de forma tão forte dentro de si. O que não vemos, não ouvimos, mas está muito firme e preso a nossas atitudes, são sentimentos que algumas vezes nos afligem e outras até mesmo nos acalmam. É interessante observar o quanto nos sentimos perdidos, desolados e não compreendemos as coisas a nossa volta. Se caminharmos dentro de um tunel estaremos sempre em busca da saída, esperando encontrá-la, achando mesmo que ela existe. O caminhar se tornará pesado à medida em que o caminhar se tornar em vão. O que nos motiva a andar é o impulso do fim. Como o atleta que corre e busca la no fundo de si mesmo forças para chegar ao fim do seu trajeto. Também quando alguém se desespera e não encontra esta saída, será que esta forma tão indefinida seja a melhor alternativa ou talvez o meio adequado de se chegar ao fim. O que nos impulsiona está la à espera e quem o encontra na verdade encontra a si mesmo. Encontra o eu que estava perdido dentro de si mesmo, querendo sair deste tunel. O eu que necessita chegar ao fim, ao fundo para ver o que ou quem realmente é.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Ser o todo e sentir-se o todo

Nossos mais profundos sentimentos ás vezes vêem de forma tão avassaladora e não nos permitem enxergar o valor das coisas. O que realmente importa para você, um beijo sincero ou um presente mal dado? Nas pequeninas e singelas atitudes se escondem o verdadeiro eu de cada um. O que é preciso para enxergarmos a sinceridade e o verdadeiro sentimento das pessoas? Observe como vivem as pessoas em pequenas aldeias, onde poucas pessoas ali vivem e se conhecem ao ponto de dedicarem uns aos outros o seu tempo. Por que não dedicar seu tempo para conhecer o outro, por ele se interessar, com ele conviver, sem medos... A sua história vai lhe mostrar que por traz de um pequeno graveto caído houve uma grande árvore. Resta saber se queremos ficar ali caídos ou entendermos que a árvore da qual fazíamos parte é o todo que muitas vezes não percebemos... Ser o todo e não uma pequena parte, sentir-se o todo.