Ficai atentos a estas palavras.
Um dia um homem seguia triste e perambulava pelas ruas sem entender o seu destino. Andava muito, caminhou passando por tantos e diferentes lugares. Conheceu regiões diferentes e ouviu tantas vozes. Viu também belíssimas paisagens, uma natureza tão bela. Observou as incertezas do dia. O que comer, o que beber. Caminhou admirando as pessoas em suas casas, em seus edifícios, suas prisões de cimento. Uns sorrindo, outros chorando, muitos passavam e como se não o vissem. Andou muito, porém ainda mantinha a tristeza. Esta o perseguia, pois não conseguia nestes lugares e muitas vezes cercado por multidões estancar as dores de suas feridas. O seu caminhar foi se tornando lento, os passos mais vagarosos e continuou a caminhar. Nada que visse ou ouvisse o transformava. Nem o céu de infinita beleza, ou as montanhas, as flores, nem com uma natureza sem par este homem conseguia transformar a tristeza que tomara posse de seu ser.
Quando não mais podia dar aqueles passos seguros, enfim ele parou...
Onde estava, com quem ele estava naquele lugar. Ele parou. Nao havia mais forças para continuar. Aos poucos também não mais via. Somente ouvia... Imóvel e na escuridão ele se viu parado e ainda com a tristeza. O tempo foi lhe mostrando a si mesmo. Aí permaneceu nas lembranças do que nem mais recordava. Estava chegando ao fim esta existência para ele. Uma existência mergulhada em uma tristeza. Seus últimos momentos foram de reencontro consigo mesmo. Aceitar a condição presente, necessitar da ajuda do outro para permanecer ainda vivo. Seria mais fácil um desencarne rápido, a permanecer nesta condição. Sem andar e enxergar começou então a sentir...Começou sentindo a presença dos que se aproximavam dele, dos que corajosamente o tocavam. Sentiu o carinho de mãos, ouviu as palavras doces e o carinho das mãos que lhe banhavam o corpo e que o alimentavam. Ele não mais conduzia este corpo, mas agora aprisionado em si mesmo foi que conseguiu se libertar daquela tristeza e aprendeu a sentir. Sentir como nunca sentiu. Na verdade ele não sentia, pois a vida que levava não deixava-o sentir. Ele não mais precisava ver, não importava quem o segurava, quem cuidava, mas ele via o espírito que o ajudava. E descobriu nesta sensação o amor que o libertou da sua infinita tristeza.
Este espírito veio numa missão de descoberta do verdadeiro sentido da vida terrena. Viveu uma longa existência para encontrar no final o sentido.
Entendam e busquem nestas palavras o verdadeiro sentido de suas existências.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário